Um estudo realizado do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) identificou, em média, mais de 400 novos internados nos hospitais portugueses por ano entre 2000 e 2011 por mesotelioma. Foram ainda declaradas, em média, 35 mortes anuais com tendência de crescimento e 3% das doenças profissionais declaradas são causados pela exposição a estas fibras cancerígenas e destes 63% dos casos por inalação involuntária. Números preocupantes já que o aumento dos casos está diretamente ligado com a degradação dos edifícios.
Em 2011 surgiu um diploma com vista a necessidade de promover a identificação da totalidade dos materiais com amianto, promoção de análises a concentrações de fibras respiráveis, avaliação do risco de exposição dos trabalhadores e ocupantes dos edifícios por forma sinalizar situações prioritárias com a definição de medidas para prevenir ou minimizar a exposição, com a emissão de um plano de ação para o amianto. O estado Português começou pelo parque escolar, mas estima-se mais de 600 mil hectares de edifícios públicos contruídos com materiais contendo amianto, mas então e os edifícios privados?
Há, sem dúvida um longo trabalho a fazer e paralelamente é necessário capacitar as empresas, os técnicos e os trabalhadores para o correto manuseamento e tratamento destes materiais.
Rolando Costa